Cérebro já tem zona pré-preparada para alfabetização
Estudo realizado em letrados, iletrados e ex -iletrados
Identificaram-se, pela primeira vez, imagens detalhadas do impacto da aprendizagem da leitura no cérebro. Segundo o trabalho desenvolvido por diferentes equipas internacionais - onde se incluem dois cientistas portugueses - “aprender a ler, mesmo na idade adulta, é uma experiência tão importante para o cérebro que ele redistribui alguns dos seus recursos, obrigando outras funções, como o reconhecimento facial, a abrir mão de parte da sua gleba”.
Uma das razões que leva a relevar a importância deste trabalho é o facto de a escrita ser “uma invenção demasiado recente para ter sido influenciada pela evolução genética humana”, e isso significa que o cérebro “já tinha áreas específicas preparadas para tratar a linguagem escrita e que todos temos zonas cerebrais que nos permitem desenvolver a leitura”, asseverou um cientista português.
Para outro investigador o mais importante é perceber que “a estrutura já existia”, mas tinha “outra função” e, aquando da aprendizagem, “passa simplesmente a identifica palavras.” Neste caso, ocorre “uma espécie de ‘reciclagem’ das zonas cerebrais pré-existentes e dedicadas a outras funções” que se dedicará posteriormente a identificar símbolos da escrita e a liga-los com a linguagem falada.
No entanto, este aspecto levantou uma questão: «Será que existem consequências e que outras habilidades são afectadas?» José de Morais, investigador, respondeu que sim e sustentou que “há uma espécie de estreitamento do hemisfério esquerdo – responsável pelo reconhecimento visual (rostos) – e dá-se uma passagem para o direito”. O investigador referiu ainda que ocorre uma “competição entre o tratamento das palavras escritas e o reconhecimento de caras”.
As conclusões mostram portanto que a leitura melhora o processamento de estímulos visuais orientados horizontalmente no córtex occipital e também conduz ao aparecimento de uma área especializada para palavras no córtex temporal.
(artigo baseado no jornal online Ciência Hoje,
Identificaram-se, pela primeira vez, imagens detalhadas do impacto da aprendizagem da leitura no cérebro. Segundo o trabalho desenvolvido por diferentes equipas internacionais - onde se incluem dois cientistas portugueses - “aprender a ler, mesmo na idade adulta, é uma experiência tão importante para o cérebro que ele redistribui alguns dos seus recursos, obrigando outras funções, como o reconhecimento facial, a abrir mão de parte da sua gleba”.
Uma das razões que leva a relevar a importância deste trabalho é o facto de a escrita ser “uma invenção demasiado recente para ter sido influenciada pela evolução genética humana”, e isso significa que o cérebro “já tinha áreas específicas preparadas para tratar a linguagem escrita e que todos temos zonas cerebrais que nos permitem desenvolver a leitura”, asseverou um cientista português.
Para outro investigador o mais importante é perceber que “a estrutura já existia”, mas tinha “outra função” e, aquando da aprendizagem, “passa simplesmente a identifica palavras.” Neste caso, ocorre “uma espécie de ‘reciclagem’ das zonas cerebrais pré-existentes e dedicadas a outras funções” que se dedicará posteriormente a identificar símbolos da escrita e a liga-los com a linguagem falada.
No entanto, este aspecto levantou uma questão: «Será que existem consequências e que outras habilidades são afectadas?» José de Morais, investigador, respondeu que sim e sustentou que “há uma espécie de estreitamento do hemisfério esquerdo – responsável pelo reconhecimento visual (rostos) – e dá-se uma passagem para o direito”. O investigador referiu ainda que ocorre uma “competição entre o tratamento das palavras escritas e o reconhecimento de caras”.
As conclusões mostram portanto que a leitura melhora o processamento de estímulos visuais orientados horizontalmente no córtex occipital e também conduz ao aparecimento de uma área especializada para palavras no córtex temporal.
(artigo baseado no jornal online Ciência Hoje,
2010-11-11)
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