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"Uma questão de Fé"

Até que ponto acreditamos? Como lidamos com as questões relacionadas com a religião?


Este livro prende-se pela polémica criada em torno da religião e tudo o que ela envolve: fé, milagres e mistério… no entanto está igualmente presente ao longo desta narrativa a força do amor maternal, e, acima de tudo, aquilo que uma mãe é capaz de fazer para proteger a própria filha, a responsabilidade em proporcionar todo o bem-estar físico e emocional e poupá-lo ao sofrimento.

Pela segunda vez no seu casamento, Mariah White apanha o marido com outra mulher. Após o divórcio acelerado, Mariah luta contra a depressão profunda e Faith, a filha, de repente, começa a conversar com um amigo imaginário, que dá o nome de guardiã. A princípio, Mariah desvaloriza o comportamento da filha, atribuindo-o à imaginação infantil, mas quando Faith começa a recitar passagens bíblicas, a apresentar estigmas e a fazer milagres, Mariah interroga-se se sua filha não estará a falar com Deus. Quase sem se aperceberem, mãe e filha vêem-se no centro de polémicas, perseguidas por crentes e não-crentes e apanhadas num circo mediático que ameaça a pouca estabilidade que lhes resta.

Por vezes somos levados a acreditar cegamente nos mídia, e não temos sentido crítico para avaliar os prós e contras das informações que eles nos trasnmitem e nos querem fazer crer. Não devemos acreditar em tudo, mas também não podemos ser sempre cépticos.

Na realidade a maioria das pessoas tentam iludir os outros, levando-os a acreditar que na verdade falam com Deus ou que vêm o futuro e que possuem dons. E, perante toda esta farsa temos sempre o instinto de desconfiar do que foge à regra, do que é difrerente. E, quando as pessoas falam mesmo a verdade? Como conseguimos saber? Que atitude tomamos? Joana d'Arc foi queimada viva, condenada por heresia e mais tarde decretada pela Igreja Católica como mártir; quantas mais pessoas pagaram por dizer a verdade? Sacrificadas graças aos impostores que nos rodeiam...