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Chave da sociabilidade humana está no cérebro
Amígdala cerebelosa está associada à capacidade dos indivíduos socializarem
Cientistas americanos dizem ter encontrado uma associação entre a sociabilidade de um indivíduo e o tamanho da amígdala cerebelosa, uma pequena massa de núcleos de forma amendoada situada no interior dos lóbulos temporais do cérebro.

O estudo, feito por investigadores do Hospital Geral Massachusetts e da Universidade Northeastern, em Boston, confirma resultados de trabalhos anteriores que mostravam que alguns primatas vivem em grupos sociais maiores quando têm amígdalas maiores, mesmo quando se tem em conta o tamanho do cérebro e do corpo.

Nesta investigação foi considerada a espécie humana, sendo que o volume da amígdala voltou a correlacionar-se positivamente com o tamanho e complexidade de redes sociais em humanos adultos. Os investigadores também analisaram outras estruturas sub-corticais dentro do cérebro e não encontraram evidências de um relacionamento similar entre essas estruturas e a vida social de humanos. Também não foram feitas associações entre o volume da amígdala e outras variáveis sociais na vida de humanos, como índices de satisfação social, por exemplo.

"A associação entre o tamanho da amígdala e o tamanho e complexidade da rede social foi observada tanto em indivíduos mais velhos como mais novos, homens e mulheres", referiu Bradford Dickerson, da Escola Médica Harvard, em Cambridge, outro cientista que participou no estudo.

"Mais investigações estão a ser feitas para tentar estabelecer de que forma a amígdala e outras regiões do cérebro estão envolvidas no comportamento social de humanos", sublinhou, acrescentando que os cientistas também estão a tentar entender como anormalidades nessas regiões do cérebro podem prejudicar o comportamento social em distúrbios neurológicos e psiquiátricos.

(artigo baseado no site online Ciência Hoje,
2010-12-29)

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